Muitos utilizam o T3 com o intuito de Secar, mas é sempre importante saber como o hormônio trabalha e é importante saber também como a glândula tireoide funciona.
Iniciarei a postagem com u m breve resumo sobre o que é a Tireoide e em seguida algumas informações sobre o T3 e o T4.
10 Coisas que Você Precisa Saber sobre Tireoide
Com forma bem parecida com a de uma borboleta, a glândula
tireoide é localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo do
Pomo de Adão. Reguladora da função de importantes órgãos como o coração, o
cérebro, o fígado e os rins, ela produz os hormônios T3 (triiodotironina) e o
T4 (tiroxina).
Quando a tireoide não funciona de maneira correta, pode
liberar hormônios em quantidade insuficiente, causando o hipotireoidismo,
ou em excesso, ocasionando o hipertireoidismo. Nessas duas
situações, o volume da glândula pode aumentar, o que é conhecido como bócio.
Confira, abaixo, as 10 coisas que você precisa saber sobre Tireoide.
1 – A tireoide atua no crescimento e desenvolvimento de
crianças e adolescentes, no peso, na memória, na regulação dos ciclos
menstruais, na fertilidade, na concentração, no humor e no
controle emocional.
2 – Quando ocorre o hipotireoidismo, o coração bate mais devagar, o intestino
não funciona corretamente e o crescimento pode ficar comprometido.
3 – Diminuição da memória, cansaço excessivo, dores musculares e
articulares, sonolência, aumento dos níveis de colesterol no
sangue e depressão também são sintomas de hipotireoidismo.
4 – No caso de hipertireoidismo, que geralmente causa emagrecimento,
o coração dispara, o intestino solta, a pessoa fica agitada, fala demais,
gesticula muito, dorme pouco, sente-se com muita energia, embora também esteja
cansada.
5 – Em um adulto, a tireoide pode chegar a até 25 gramas.
6 – Disfunções na tireoide podem acontecer em qualquer etapa
da vida e são de simples de se diagnosticar. Além disso, elas podem ocorrer
mesmo sem o bócio.
7 – O reconhecimento de um nódulo na tireoide pode salvar uma
vida. Por isso, a palpação da glândula é de fundamental importância. Se
identificado o nódulo, o endocrinologista deve solicitar uma
série de exames complementares para confirmar ou descartar a presença de câncer.
8 – Estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em
algum momento da vida. Mas isso não significa que sejam malignos. Apenas 5% são
cancerosos.
9 – Além de se parecer com uma borboleta, a tireoide também lembra o formato de
um escudo. Daí o surgimento de seu nome: uma aglutinação dos termos thyreós
(escudo) e oidés (forma de).
10 – Algumas crianças podem nascer com hipotireoidismo. Para detectá-lo, é
realizado o chamado Teste do Pezinho, que deve ser feito,
preferencialmente, entre o terceiro e quinto dia de vida do bebê.
http://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-tireoide/
13 FUNÇÕES DO T3 ALEM DA PERDA DE PESO
T3 não só é grande para
o aumento da perda de peso, mas também ajuda em outras formas.
Existem, pelo menos, treze funções conhecidas de t3, que incluem:
* Uma duplicação da taxa de metabolismo basal
* Aumentar a taxa de utilização de alimentos para produzir energia (suas necessidades calóricas)
* Aumento do apetite
* Aumentando a secreção de enzimas digestivas e peristaltismo do tracto GI
* Aumento da secreção de insulina pelo pâncreas
* Aumentando a fazer e quebrar de glicose e a absorção de glicose pelas células e o tracto GI
* Aumento da freqüência respiratória
* Aumento da freqüência cardíaca e pressão arterial sistólica (e diminuição da pressão diastólica)
* Dilatando os vasos sanguíneos para aumentar o fluxo de sangue.
Existem, pelo menos, treze funções conhecidas de t3, que incluem:
* Uma duplicação da taxa de metabolismo basal
* Aumentar a taxa de utilização de alimentos para produzir energia (suas necessidades calóricas)
* Aumento do apetite
* Aumentando a secreção de enzimas digestivas e peristaltismo do tracto GI
* Aumento da secreção de insulina pelo pâncreas
* Aumentando a fazer e quebrar de glicose e a absorção de glicose pelas células e o tracto GI
* Aumento da freqüência respiratória
* Aumento da freqüência cardíaca e pressão arterial sistólica (e diminuição da pressão diastólica)
* Dilatando os vasos sanguíneos para aumentar o fluxo de sangue.
TEXTOS GH-15
T3 E T4 - INFORMAÇÕES, FUNCIONALIDADES E ATUAÇÕES
Tiroxina
(T4) e triiodotironina (T3) são os principais hormônios secretados pela
glândula tireoide, e a regulação desses hormônios é controlada pelo eixo
hipotálamo-hipófise-tireoide. O hipotálamo secreta o hormônio liberador da
tireotrofina (TRH), que estimula a produção de tireotrofina (TSH) na hipófise,
que por sua vez promove o crescimento da glândula tireoide e a secreção
hormonal de T4 e T3. Além disso, as deiodinases na hipófise e nos tecidos
periféricos modulam os efeitos dos hormônios da tireoide por meio da conversão
específica tecidual do T4 em T3, que age mais rapidamente e é três a cinco
vezes mais potente que a T4. Cerca de 33% da T4 circulante é convertida em T3
nos seres humanos adultos. Apenas 13% do T3 circulante são secretados pela
tireoide, enquanto os outros 87% são formados pela desiodação de T4 [1].
A T4 e a T3 aumentam o consumo de oxigênio de quase todos os tecidos
metabolicamente ativos, exceto cérebro, baço e testículos. Os hormônios da tireoide
estimulam a mitocondriogênese, aumentando a capacidade oxidativa da célula,
produzindo calor. As mitocôndrias são geralmente chamadas de “células de
potência” porque elas produzem ATP. A administração de T3 aumenta a absorção de
nutrientes nas mitocôndrias e também a sua taxa de oxidação (ou seja, a taxa na
qual eles são queimados para a produção de energia), aumentando as atividades
das enzimas envolvidas no metabolismo oxidativo. Em outras palavras, o
organismo trabalha a todo vapor e mais combustível será necessário para
completar este maior ritmo de trabalho. Portanto, como você pode imaginar, com
o T3 você irá aumentar a demanda de energia do seu corpo [2]. Quando a taxa
metabólica é aumentada por T4 e T3 nos adultos a excreção de nitrogênio é aumentada,
e se a ingestão de alimentos não for aumentada, a proteína endógena e os
estoques de gordura são catabolizados e perde-se peso. Esse aumento do
catabolismo é o motivo de se usar T4 e T3 com hormônios anabólicos (esteroides
androgênicos, insulina), a fim de evitar ou reduzir a degradação proteica. A
demanda de vitaminas também é aumentada pelo aumento da taxa metabólica, mas
por outro lado a absorção de carboidratos é aumentada no trato gastrintestinal.
Os hormônios da tireoide baixam os níveis de colesterol circulante (através da
redução do LDL), o que é um benefício quando usado com esteroides androgênicos,
já que esses aumentam os níveis de colesterol. Os hormônios da tireoide também
potencializam o efeito do hormônio do crescimento (GH) nos tecidos, o que
reforça o uso poderoso combinado dos dois durante uma dieta de cutting/contest.
Os hormônios tireóideos também aumentam o número de receptores
beta-adrenérgicos no coração e no músculo esquelético, no tecido adiposo e nos
linfócitos [3], o que torna sua combinação com clembuterol, albuterol ou
efedrina, sinérgica, já que essas drogas regulam para baixo os receptores
beta-2.
A dieta também tem um efeito definido na conversão de T4 em T3. Nos indivíduos
em jejum, o T3 plasmático é reduzido em 10 a 20% em 24 h e cerca de 50% em 3 a
7 dias, reduzindo a taxa metabólica basal (TMB). Na década de 80, chegou-se a
preconizar o uso de doses baixas de T3 em casos selecionados de pacientes
obesos submetidos a dieta de baixa caloria. Com o surgimento de novos conceitos
na fisiopatologia e de novas drogas para o tratamento da obesidade, o uso de
hormônio tireoidiano passou a ser utilizado apenas nos pacientes com disfunção
tireoidiana [4].
Alguns colaterais incluem: fadiga, aumento do apetite, perda de peso, intolerância
ao calor, sudorese, diarreia, cefaleia, hiperatividade, nervosismo,
irritabilidade, labilidade emocional, insônia, tremores, fraqueza muscular,
palpitações, taquicardia, arritmias, aumento da pulsação e da pressão arterial,
insuficiência cardíaca. É por isso que se deve tomar cuidado ao tomar essa
droga ao mesmo tempo com outros termogênicos que afetam os sistemas nervoso e
cardiovascular (como a efedrina e o clembuterol, entre outros). Aferir a
pressão arterial com frequência durante o uso é altamente recomendado, ainda
mais se você mistura outras drogas (como esteroides e estimulantes) durante o
uso.
Uma das questões mais preocupantes sobre quem faz uso desses hormônios da
tireoide para fins estéticos é sobre a recuperação da função natural da
tireoide após cessar o uso. A supressão da secreção de TSH por T4 exógena leva
a uma atrofia da tireoide. Uma glândula atrófica responde inicialmente com
lentidão ao TSH, e se a supressão de TSH for prolongada, pode levar algum tempo
para a responsividade normal da tireoide normal retornar (cerca de 1-2 meses)
[5, 6]. Esse é um dos motivos porque não recomendo o uso comum (usuário
recreativo de hormônios) para perda de peso, uma vez que seu metabolismo vai
ficar lento após cessar o uso dos hormônios exógenos, fazendo que você recupere
boa parte do peso que perdeu ou mesmo fique pior do que antes (ainda mais se
for num pós-ciclo de esteroides, onde o quadro hormonal favorece perda de massa
muscular e ganho de gordura). Por isso também recomendo que a dose seja
reduzida lentamente, mas só reduza a dose após atingir seu objetivo (uma
competição por exemplo), para evitar uma queda no metabolismo com a redução da
dose, prejudicando sua evolução posterior.
Agora uma informação muito relevante para muitos atletas que fazem uso de T4
exógeno. Quando o eixo hipófise-tireoide é normal, doses de hormônio da
tireoide exógeno que fornecem menos que a quantidade secretada endogenamente
não apresentam efeito significativo no metabolismo porque há uma redução
compensatória da secreção endógena que resulta da inibição da secreção de TSH,
que nos seres humanos é equivalente a 100-125 mcg/dia. Portanto doses menores
que essa em geral não são eficientes para acelerar o metabolismo, já que apenas
substituem a função normal da tireoide.
A equivalência entre liotironina (L-T3) e levotiroxina (L-T4) é da ordem de 1:3
[7], sendo então 25 mcg de T3 equivalente a aproximadamente 75 mcg de T4, mas
como vimos doses menores que ~100 mcg de T4 não são eficazes (em seguida você
vai entender porque com T3 é diferente). Os protocolos usuais recomendam que
use esses hormônios na forma de pirâmide para melhor adaptação do organismo,
podendo aumentar o T3 e o T4 a cada ~1-2 semanas em 12,5-25 mcg e 50 mcg
respectivamente, iniciando com ~25mcg de T3 e ~50-100mcg de T4 para melhor
adaptação e controle dos colaterais. As doses máximas podem variar bastante,
mas em geral não se recomenda passar de 100 mcg de T3 e 300 mcg de T4. Após
isso chegar nesses limites você pode manter por um tempo até atingir seu
objetivo e depois ir reduzindo as doses gradativamente para evitar um crash
hormonal muito grande que prejudique ainda mais seu metabolismo.
Quando T4 é feita por via oral, até 80% é absorvido, e a concentração sérica
máxima é atingida duas a quatro horas após a ingestão. Concentração de soro em
seguida sobe de 20% a 40%. A meia-vida de T4 é relativamente longa, em cerca de
190 horas (~7 dias). Uma refeição gordurosa reduz a sua absorção em 40%, e
mesmo o consumo de café reduz a absorção de 27% a 36%. Consequentemente,
hormônios da tireoide devem ser tomados em jejum, com água, 30 a 60 minutos
antes do desjejum. Absorção de T3 é de 90%, e os níveis de pico são atingidos
uma a duas horas após a ingestão. Concentração sérica pode aumentar em 250% a
600%. T3 tem uma meia-vida relativamente curta de apenas 19 horas (~1 dia) [8].
[1] Fisiologia Médica, W. Ganong, 22ª edição, Cap. 18.
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